Desperdício Alimentar: Consciência e Poder na Sustentabilidade
- Ativamente Bons
- 12 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Descobre como podes ajudar a reduzir o desperdício alimentar
Por Carolina Coelho
Atualmente, refletir sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 12: “Garantir Padrões de Consumo e Produção Sustentáveis” remete-nos, felizmente, para o que já foi feito. Pensemos nas aulas na primária onde aprendemos a reciclar, na quantidade de reflexões sobre o desperdício alimentar que ouvimos desde crianças por parte da nossa família, na consciencialização em “não comprar o que não precisamos”. Porém, com essas reflexões positivas e essenciais fica a faltar a perspetiva do que ainda fica por fazer, e qual pode continuar a ser o nosso papel enquanto consumidores neste objetivo.
Aqui entra em questão tornarmo-nos e mantermo-nos consumidores conscientes, que para além de terem a capacidade de refletir sobre as suas necessidades com vista a objetivos comuns e proteção do que é de todos, assim como de estarem informados sobre os produtores e processos do que consomem, têm a consciência clara de que fazem parte de uma sociedade na qual têm voz e poder não só para eleger representantes com compromissos claros perante a sustentabilidade mas também para fazer parte da opinião pública e consciencializar os que nos rodeiam para o que já fizemos e para o que falta fazer.
Assim, surgem associações que combatem o desperdício alimentar em várias vertentes, desde assumirem um papel de consciencialização e dicas sobre como preservar os alimentos que compramos nos supermercados, como que nos mobilizam a investir em produtos que de outra forma nem chegariam a poder ser comprados.
Destacam-se assim projetos como a “Fruta Feia” (https://frutafeia.pt/), a conhecida “Too Good To Go” (https://www.toogoodtogo.com/pt/user) ou até projetos e associações que aliam ao interesse de combater o desperdício, a proteção de comunidades fragilizadas na nossa sociedade, como é o caso da “ReFood” (https://re-food.org/), que através de uma rede de voluntários a nível nacional é capaz de levar alimentos que de outra forma iriam ser desperdiçados a pessoas em situação de sem abrigo por todo o país.
Concluindo, há uma certa facilidade em vermos as grandes empresas produtoras e poluidoras e temermos que o que fazemos não é e nunca será suficiente para contribuir efetivamente para a sustentabilidade. Esta ideia e sensação pode ser difícil de contrariar, mas a perceção de fazermos cada vez mais e melhor enquanto parte ativa da sociedade e de facto termos a capacidade de nos organizarmos e de criar projetos de ação no nosso dia a dia devia provar que é mais que possível e que tudo o que fazemos tem influência positiva no caminho para um mundo mais sustentável.
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